terça-feira, 27 de setembro de 2011

Aprender com os grandes para ser grande

Acredito fervorosamente que quando estudamos as fotografias feitas por grandes fotógrafos, apuramos nosso olhar fotográfico, nossa técnica e também o senso crítico, conseguimos distinguir melhor o que é e o que não é bom, fotograficamente falando.
Ao ver no Museu Oscar Niemeyer em Curitiba a exposição do fotógrafo húngaro Gyula Halász, mais conhecido como BrassaÏ, fiquei completamente envolvido pela sua maneira tão peculiar de fotografar e desejei fazer algo “parecido” (é muita pretensão minha ou de qualquer outra pessoa querer fazer algo “parecido” com a Obra de BrassaÏ), mesmo sabendo que é impossível nos tempos de hoje e com o equipamento utilizado fazer algo que pelo menos se aproxime de sua genialidade.
BrassaÏ fotografava uma Paris dos anos 30, noturna e boemia, ele se referenciava em Eugène Atget (outro ícone que deve ser conhecido obrigatoriamente por todo fotógrafo que se preze), que por sua vez foi um grande ícone da fotografia documental, excluindo o homem e todo o seu narcisismo de suas fotos, registrando imagens de uma Paris vazia, onde nos dá a entender a sua busca pelos vestígios que a cidade oferecia. Mas BrassaÏ também fotografava os personagens noturnos de uma Paris contraventora e diferente da que tanto ouvimos falar.
Sei que minhas fotografias jamais serão como a de um mestre como BrassaÏ, mas a minha tentativa, a minha brincadeira, me trouxe muito prazer e satisfação e sei que a minha visão de mundo,os fragmentos cristalizados de mundo que deixo tem pelo menos um inspiração digna e não vulgarizada.

Fragmentos de uma Curitiba noturna.










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